
Guarda compartilhada ou unilateral? Guia para tomar a melhor decisão
A definição sobre quem fica com a guarda dos filhos após a separação é uma das decisões mais delicadas do Direito de Família. Mais do que uma escolha jurídica, trata-se de zelar pelo bem-estar emocional, físico e psicológico das crianças. Neste guia completo, você entenderá a diferença entre guarda compartilhada e unilateral, como o Judiciário decide em cada caso, e qual é a melhor escolha para a sua realidade familiar.
O que é guarda no Direito de Família?
A guarda é o direito e o dever dos pais de cuidar, educar e proteger seus filhos menores. Após uma separação ou divórcio, essa responsabilidade precisa ser formalmente definida, visando o melhor interesse da criança.
Principais tipos de guarda reconhecidos pela lei
- Guarda Compartilhada: Ambos os pais dividem as responsabilidades legais sobre os filhos.
- Guarda Unilateral: Um dos pais assume a maior parte das decisões e convivência, enquanto o outro mantém o direito de visitas e dever de contribuir.
Guarda compartilhada: como funciona na prática?
Prevista na Lei nº 13.058/2014, a guarda compartilhada é hoje a forma preferencial de guarda no Brasil. Isso significa que, mesmo quando há desacordo entre os pais, os tribunais tendem a optar por essa modalidade — salvo se houver risco ao menor.
Características da guarda compartilhada
- Responsabilidades divididas entre pai e mãe
- Maior equilíbrio nas decisões sobre saúde, educação e rotina
- Baseada no diálogo e na cooperação entre os genitores
Exemplo prático
Imagine um casal divorciado com um filho de 8 anos. Na guarda compartilhada, ambos os pais têm participação ativa nas decisões importantes, mesmo que o menor resida com apenas um deles. O tempo de convivência deve ser equilibrado, mas não necessariamente igual.
Entenda se a guarda compartilhada se aplica ao seu casoGuarda unilateral: quando é recomendada?
A guarda unilateral é aplicada quando um dos pais demonstra inaptidão ou quando há elementos que comprometam o bem-estar da criança — como abandono, ausência prolongada, dependência química, violência ou desequilíbrio emocional grave.
Aspectos da guarda unilateral
- Um dos genitores concentra a responsabilidade total
- O outro tem direito de visitas e de ser informado sobre decisões
- Pode ser temporária ou definitiva, conforme o caso
Importante:
O juiz pode, a qualquer momento, rever a guarda unilateral e convertê-la em compartilhada, caso observe mudança no comportamento dos genitores.
Preciso da guarda unilateral do meu filhoComo o juiz decide entre guarda compartilhada e unilateral?
O critério central é o melhor interesse da criança. O juiz avaliará:
- Capacidade dos pais de cooperar entre si
- Disponibilidade de tempo e afeto
- Condições emocionais e psicológicas
- Vínculo afetivo com a criança
- Ambiente familiar e social de cada parte
É comum que o magistrado ouça psicólogos, assistentes sociais e até o próprio menor, quando possível.
Simule seu cenário com um advogadoExiste preferência da Justiça por um dos genitores?
Não. A legislação atual garante que homens e mulheres tenham igualdade de direitos e deveres na guarda dos filhos. O fator decisivo não é o gênero, mas a estrutura emocional, psicológica e prática de cada responsável.
Quais documentos são necessários para solicitar a guarda?
- Certidão de nascimento do(s) filho(s)
- Comprovante de residência
- Comprovação de vínculo afetivo (fotos, mensagens, testemunhos)
- Relatórios médicos ou psicológicos, se houver
- Documentos que comprovem risco ao menor (no caso de guarda unilateral)
FAQ – Perguntas Frequentes sobre Guarda Compartilhada e Unilateral
Guarda compartilhada significa que a criança mora com os dois pais?
Não necessariamente. A guarda compartilhada envolve decisões conjuntas, mas o menor pode residir com apenas um dos genitores.
É possível alterar o tipo de guarda após o divórcio?
Sim. Mudanças nas condições dos pais ou no bem-estar da criança podem justificar a revisão judicial da guarda.
O pai/mãe que não tem a guarda pode visitar livremente?
Sim, desde que respeite os termos definidos na sentença ou no acordo homologado.
A guarda compartilhada elimina a pensão alimentícia?
Não. A obrigação de pensão permanece, considerando as possibilidades econômicas de cada genitor.
Se meu ex é ausente, posso pedir a guarda unilateral?
Sim. A ausência contínua pode ser um motivo válido para solicitar a guarda exclusiva.
Conclusão
Decidir entre guarda compartilhada ou unilateral exige equilíbrio, conhecimento jurídico e, acima de tudo, consideração ao bem-estar da criança. Cada caso deve ser analisado individualmente, com base em provas, contexto e orientação técnica.
Se você está enfrentando uma situação de separação ou disputa de guarda, o apoio de um escritório especializado como o Fascini e Nicolau Advocacia pode fazer toda a diferença.
Publicado em: 16/04/2025
Sumario
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